O abscesso anal é uma infecção bacteriana causada por uma obstrução de glândulas que se encontram no canal do ânus e da região do períneo, se inicia por meio da instalação de bactérias e inflamação, quadro em que passa a acumular uma secreção glandular, que forma o abscesso. Em consequência disso, frequentemente, ocorre a fístula perianal, canal que se abre entre o interior do canal e a pele próxima a região do ânus. Denomina-se, o abscesso anal, de acordo com sua localização, pode ser: periretal, retroretal, subcutâneo, pelviretal, ísquioretal, transesficteriano e intramuscular.
Os tipos mais frequentes da doença ocorrem no nível perianal, em que se aparece uma pústula, dolorida e inchada. Esse abscesso pode ser vermelho e quente na proximidade do canal do ânus. Já os abcessos mais profundos são menos visíveis e possuem uma frequência menor. Quando o abscesso é drenado, aproximadamente 40% dos casos, os pacientes desenvolvem a complicação da fístula.
Para entender melhor sobre o abscesso anal, é importante destacar quais são as causas que levam o seu desenvolvimento. Confira:
Além disso, há alguns fatores de risco para o abscesso, entre quais: diverticulite, turberculose, clamídia, sífilis, colite ulcerativa, diabetes, câncer de reto, doença inflamatória de reto e relações sexuais. Em geral estas doenças provocam inflamações no tecido do reto e ânus, o que pode ocasionar no acumulo de bactérias e surgimento de pus na região anal, e, por fim, no desenvolvimento do abscesso anal.
Sintomas
Apresenta-se dor na região do ânus e períneo, quando o indivíduo está em repouso, no momento da evacuação e até no simples ato de se sentar. Isso pode ocorrer constantemente à medida em que a lesão se agrava. A intensidade da dor é forte e só melhora após drenagem do abscesso. É possível sentir calafrio, febre, sangramento e mal-estar. Esse quadro pode ser tornar ainda mais grave em caso de diabetes, obesidade, sistema imunológico enfraquecido e demora excessiva a busca pelo auxílio médico e início do tratamento.
No abscesso localizado de modo mais externo, é possível observar um caroço doloroso e avermelhado. Entretanto, quando este se rompe, há saída de secreção purulenta e diminuição da pressão na pele e da dor. Já em casos de fístulas, o principal sintoma é a saída de secreção de cor amarelada com mal cheiro, em pequena quantidade por um orifício na pele na região do ânus. O paciente com a fístula também apresenta manchas nas roupas íntimas, que costuma desaparece e voltar, apenas sendo combatida de uma vez por todas pelo tratamento cirúrgico.
O abscesso anal superficial apresenta os seguintes sintomas:
O agravamento do abscesso, ou seja, o mais profundo apresenta sintomas como:
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo médico coloproctologista, a partir de uma análise da região anal com toque retal, palpação, inspeção e exames como: anoscopia caso o abscesso não seja visível, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para apontar tamanho e profundidade da lesão; e o hemograma, conhecido exame de sangue para verificar a gravidade da infecção.
Por vezes, o paciente é submetido à anestesia regional por causa da dor intensa, que pode comprometer o diagnóstico correto.
Normalmente, um exame digital do reto já é suficiente para identificar o abscesso anal, porém outros exames são passados para excluir hipótese de outras doenças e também garantir o diagnóstico adequado para início do tratamento.
Os exames que podem ser solicitados são:
Como é feito o tratamento do abscesso anal?
O tratamento do abscesso anal é cirúrgico. O coloproctologista realiza uma drenagem para drenar o pus da cavidade infectada, que pode ser externa em casos de abscessos anais subcutâneos ou de modo interno pelo reto. O procedimento costuma ser o mais breve e rápido, pois a persistência do abscesso aumenta as chances de desenvolver uma infecção generalizada.
Dependendo do tamanho e do local em que se encontra o abscesso, a cirurgia é feita com anestesia local ou com raqui e peridural – após período de 8 a 12 horas de jejum. Em quadros de abscesso demasiado em questão de tamanho, pode ser necessário deixar um dreno por alguns dias no local. Ocasionalmente, ocorre de o paciente apresentar uma drenagem espontânea do abscesso anal, o médico acaba somente realizando o aumento do orifício de drenagem, limpeza na região e curativos.
Após o processo cirúrgico, a hospitalização pode ser necessária para alguns pacientes, principalmente os que são mais predispostos a infecções graves, como os diabéticos, obesos e aqueles que possuem imunidade comprometida, em que se é indicado até o uso de antibióticos.
Já no caso da fístula perianal, a cirurgia consiste na realização de uma incisão para unir o orifício externo ao interno. O processo cirúrgico costuma ser simples e a ferida fica aberta, sem nenhum ponto para evitar infecção, além da inserção de material para estimulo da cicatrização. Em quadros mais complexos, em que há mais de um orifício externo, o tratamento é feito em um tempo maior, conforme a particularidade da enfermidade de cada paciente.
Há apenas um pequeno desconforto após a realização da cirurgia de remoção do abscesso anal, que podem ser reduzidos através de comprimidos e analgésicos. Além disso, o médico pode receitar laxantes para evitar a constipação. O paciente recebe alta no dia seguinte e deve retornar ao consultório para continuar sob supervisão do coloproctologista – que irá observar a cicatrização e identificar se há indicio de fístulas. É preciso repouso de alguns dias em casa para uma se ter uma boa recuperação.
Por que realizar o tratamento?
O diagnóstico e o tratamento do abscesso anal são imprescindíveis para a cura da doença, pois esta pode causar sérias complicações no paciente. Ressalta-se também que o tratamento definitivo ainda é a drenagem para remover toda secreção que envolve o abscesso, bem como curá-lo, até porque se este não for tratado ainda em sua fase inicial e com os devidos cuidados, o abscesso anal pode retornar diversas vezes, causando assim, a fístula anal.
No entanto, se o paciente se curar corretamente, diminuirá as chances de o abscesso anal voltar novamente, principalmente, se este seguir as instruções do cirurgião para prevenir as recorrências. Por isso, em caso de sintomas, procure um médico coloproctologista imediatamente! Somente o profissional especializado poderá orientá-lo, diagnosticar o abscesso anal e recomendar o tratamento mais adequado. Cuide da sua saúde!
Para mais informações:
Agende uma Consulta com o Dr. Lúcio Pithon
2 Comentários
Olha achei muito importante ,porque estou pasando um problema com o meu intestino. Não consigo evacuar normal, já passei pelo proctologista, mas até agora não obtive resposta. Nem resultado.
Olá Marcos, tudo bem? Que bom que gostou da matéria, poderia obter informações de contato via WhatsApp: https://www.luciopithon.com.br/marque-uma-consulta/
Estamos a disposição, abraços