Trata-se de uma hérnia umbilical, a protuberância anormal encontrada na região do umbigo, formadas por elementos como gorduras ou uma parte do intestino se acumula através do músculo da parede abdominal. Pode se desenvolver também em outras regiões, dependendo do caso, o que se denomina por hérnias abdominais. Em geral, costuma se apresentar mais em crianças do que em adultos, sendo observada após o nascimento, em caso de malformação congênita. Cerca de uma em cada dez crianças apresenta a hérnia umbilical. Essa enfermidade normalmente se encerra até o final do primeiro ano de vida do bebê. Há casos em que as hérnias umbilicais demoram para se encerrar, caso em que é necessário a intervenção, ou seja, o tratamento cirúrgico.
A hérnia umbilical também surge em adultos, no entanto, de modo latente e devido ao esforço físico e movimentos repetitivos, no qual, há levantamento de peso, constipação crônica e tosse crônica. Esse tipo de protuberância é mais frequente em mulheres do que em homens, mas atinge ambos de qualquer idade. Quem possui a hérnia umbilical pode levar uma vida normal e realizar suas atividades, sem que ocorra nenhuma complicação. No entanto, em alguns casos, dependendo da particularidade, principalmente do surgimento de complicações consideradas graves, a falta do tratamento pode implicar até no risco de morte. Sendo assim, ressalta-se a importância de buscar um acompanhamento de um coloproctologista para realizar o tratamento rápido e adequado.
Causas da Hérnia Umbilical
As possíveis causas do desenvolvimento da hérnia umbilical em adultos são:
Todavia, no caso das crianças, não se sabe ao certo quais as causas da formação dessa protuberância, porém, bebês prematuros possuem mais chances de ter a hérnia umbilical.
A hérnia também pode surgir na gravidez, principalmente em mulheres que a tiveram na infância, já que na gestação ocorre o aumento da pressão dentro da barriga, que desencadeia uma abertura no músculo abdominal fragilizado. Nesse caso, a hérnia umbilical não é perigosa para o bebê e tampouco afeta a saúde da mãe e o trabalho de parto. No entanto, dependendo do tamanho da hérnia, o médico irá avaliar a possibilidade de fazer a cirurgia após o parto ou durante a cesárea.
Sintomas da Hérnia Umbilical
O principal sintoma da hérnia em adultos é o desconforto e o inchaço, além da dor causada pela protuberância em torno da região umbilical, que pode ser intensa e demasiadamente dolorosa. Essa saliência na região do umbigo pode se manifestar também de forma indolor, porém, com aparência antiestética, que acaba levando o individuo a procurar um médico para corrigi-la. Ademais, qualquer tipo de hérnia pode causar complicações, como o caso da hérnia umbilical supurada, que causa dores e problemas digestivos – o que prejudica a passagem de gases e alimentos. Em casos de agravamento, ocorre a insuficiência respiratória.
Outros sintomas da hérnia umbilical são: as náuseas e vômitos durante esforços físicos; e o aparecimento de pequenos caroços – visíveis quando o individuo está em pé. Além disso, quanto maior for à hérnia, mais intensos serão os sintomas de dores e enjôos. No caso mais grave, há o estrangulamento da hérnia, em que não há irrigação sanguínea, ocasionando em uma inflamação na cavidade abdominal e peritonite, bem como a necrose do tecido, o que pode ser fatal. Os sintomas da hérnia estrangulada incluem:
No entanto, os sintomas apresentados na infância, normalmente, não envolvem dor. É possível notar a hérnia quando a criança chora, fica agitada ou realiza esforço para usar o banheiro, momento em que os sintomas podem se agravar. As hérnias umbilicais podem ser reveladas também a partir do inchaço perto da cicatriz umbilical. Em algumas crianças, a protuberância só irá se apresentar depois de mais velhas, mas é comum que a maioria não sinta dor em relação à presença da hérnia.
Diagnóstico
Para diagnosticar a hérnia umbilical, é necessário realizar o exame físico feito pelo Coloproctologista para identificar o aumento da tensão abdominal. Se o conteúdo anormal não puder ser reintroduzido no abdômen, torna-se uma hérnia encarcerada, uma situação arriscada, pois pode se agravar para uma hérnia estrangulada. No estágio mais grave, é imprescindível o tratamento urgente. Além do exame físico, o médico também pode solicitar mais exames, como a radiografia, análise de sangue e ecografia, para verificar de modo aprofundado a hérnia. Em suma, o diagnóstico é considerado fácil, já que pode ser realizado através da observação da protuberância e a palpação da região para definir a presença da hérnia.
Tratamento
Em crianças, as hérnias umbilicais acabam desaparecendo naturalmente até os 18 meses de idade, mas isso depende do caso. Se não ocorrer o encerramento até os 3 anos de idade e a hérnia crescer mais do que 1,5 cm de diâmetro ou apresentar risco de estrangulamento, deve ser realizado o processo cirúrgico. No exame físico, o médico pode empurrar o conteúdo de volta para o abdômen. Sendo assim, a cirurgia para hérnia umbilical só é recomendada nos seguintes casos abaixo:
Nos adultos, o tratamento recomendado é o procedimento cirúrgico para remover a hérnia e evitar possíveis complicações como o aumento da dor e o tamanho da protuberância. A cirurgia é feita por meio de uma pequena incisão na região do umbigo, em que o tecido da hérnia é recolocado na cavidade abdominal e a abertura é fechada. Na intervenção cirúrgica é incluído um implante de uma prótese para reforçar a área fragilizada. Esse tratamento é eficaz para tratar a hérnia umbilical. Após a cirurgia, medicamentos podem ser prescritos e o paciente deve seguir as orientações do médico.
Ressalta-se que o processo cirúrgico é rápido e de baixo risco, sendo necessário um internamento de poucas horas, em que depois o paciente pode regressar a casa, mantendo repouso de pelo menos 2 a 3 dias para evitar complicações. Sobre o retorno a atividade física, é recomendada após o repouso de uma ou três semanas.
Por que buscar acompanhamento médico?
A avaliação médica em caso de sintomas e suspeitas da hérnia umbilical, é fundamental para identificar a enfermidade, diagnosticá-la corretamente e iniciar o tratamento o mais rápido possível, evitando assim complicações, que podem agravar a situação. Ressalta-se que o único modo possível de curar a hérnia é através do tratamento cirúrgico. Por isso, deve-se procurar imediatamente um coloproctologista para o acompanhamento do quadro, pois este é o profissional indicado para tratar a hérnia umbilical e garantir uma melhor qualidade de vida para individuo portador dessa doença. Saiba que o procedimento cirúrgico é eficaz, uma vez que a hérnia fechada, pouco provável será a sua recidiva.
Para mais informações e avaliação em caso de suspeitas de hérnia umbilical, agende já uma consulta com Dr. Lúcio Pithon.